sábado, 24 de setembro de 2016

Deficiência e inclusão

Tive a oportunidade de trabalhar com alunos com deficiência visual parcial e intelectual COC em Minas Gerais, deficiência auditiva na rede estadual de Ensino em Minas Gerais, deficiência intelectual no Paraná e caso de superdotação na rede particular de ensino em Minas Gerais. Neste último caso, foi um aluno que me auxiliou no desenvolvimento de um laboratório de Química para aulas aplicadas ao ensino médio, e hoje se tornou um profissional acadêmico que trabalha diretamente com alunos como público alvo. Mas o fato que mais motivador surgiu há alguns anos ao ministrar a disciplina de Física, como professora substituta em uma escola da rede Estadual de Ensino, no Estado de Minas Gerais, onde me deparei com uma aluna com deficiência visual. Mas me surpreendi com sua busca incessante por conhecimento. Procurei então junto a direção da escola uma forma adequada de ensinar conceitos de física utilizando metodologias acessíveis e compreensíveis a ela. Utilizei o método de tato, por figuras em alto relevo, que confeccionava previamente e aplicava-as em sala de aula e o processo de ensino aprendizagem foi satisfatório. Outro fator muito importante foi vivenciar com a classe a solidariedade dos colegas de sala para com esta aluna e auxílio no desenvolvimento de atividades rotineiras como guia-la às diversas seções escolares, auxiliar na compreensão de tarefas, na ajuda para guardar materiais.

Constatei o fato de que esta aluna viajava para a cidade de Poços de Caldas – MG, para o aprimoramento de seus conhecimentos em um Instituto Especializado para deficientes visuais. Percebo, então que, a grande maioria de nós professores precisa adequar nossas aulas a alunos portadores de necessidades especiais, para que o ensino seja um processo inclusivo.