Tive a oportunidade de trabalhar com alunos com deficiência visual
parcial e intelectual COC em Minas Gerais, deficiência auditiva na
rede estadual de Ensino em Minas Gerais, deficiência intelectual
no Paraná e caso de superdotação na rede particular de ensino em Minas
Gerais. Neste último caso, foi um aluno que me auxiliou no
desenvolvimento de um laboratório de Química para aulas aplicadas ao ensino
médio, e hoje se tornou um profissional acadêmico que trabalha diretamente com
alunos como público alvo. Mas o fato que mais motivador surgiu há
alguns anos ao ministrar a disciplina de Física, como professora substituta em
uma escola da rede Estadual de Ensino, no Estado de Minas Gerais, onde me deparei com uma aluna com deficiência visual. Mas
me surpreendi com sua busca incessante por conhecimento. Procurei então junto a
direção da escola uma forma adequada de ensinar conceitos de física utilizando
metodologias acessíveis e compreensíveis a ela. Utilizei o método de tato, por
figuras em alto relevo, que confeccionava previamente e aplicava-as em sala de
aula e o processo de ensino aprendizagem foi satisfatório. Outro fator muito
importante foi vivenciar com a classe a solidariedade dos colegas de sala para
com esta aluna e auxílio no desenvolvimento de atividades rotineiras como
guia-la às diversas seções escolares, auxiliar na compreensão de tarefas, na
ajuda para guardar materiais.
Constatei o fato de que esta aluna viajava para a cidade de Poços de
Caldas – MG, para o aprimoramento de seus conhecimentos em um Instituto
Especializado para deficientes visuais. Percebo, então que, a grande maioria de
nós professores precisa adequar nossas aulas a alunos portadores de
necessidades especiais, para que o ensino seja um processo inclusivo.